18/10/2011

AS DELÍCIAS DA TERCEIRA IDADE”


Muita gente se engasga com o eufemismo Melhor Idade. Realmente, analisando as semânticas Melhor, Terceira ou Maior Idade, verbetes que levantam o véu de “ganhos” mais do que das “perdas”, certamente há uma indisfarçável diferença.
Exatamente nesse aspecto concordamos com as críticas ante o título Melhor conferido a uma fase da vida que, pelo acesso à finitude de toda uma trajetória, dificilmente poderia se tornar Melhor, para quem ama viver, principalmente se foi tanto ou quanto beneficiado por uma juventude feita de esperanças, entusiasmo e um futuro todo pela frente. Entretanto, por trás de qualquer realismo ou aparências contraditórias, há causas e justificativas que os românticos críticos do vernáculo desconhecem. Vejam só: O Programa Clube da MAIOR IDADE, criado pela Embratur, em 1985 veio com o intuito de incrementar o turismo brasileiro, na baixa estação, valendo-se dos trabalhadores de tempo livre, assim cotados aposentados e pensionistas a partir de 60 anos. Na época (Rio de Janeiro) havia um Grupo de Idosos sob forte conotação política do então deputado Sérgio Cabral que cuidou de registrá-lo em Cartório com a mesma denominação: Clube da Maior Idade. Em Assembléia Geral de um dos Congressos Nacionais do Programa Clube da Maior Idade surgiu a solução, mudando a nomenclatura para Programa Clube da Melhor Idade. Simples e definitivo. E aí vai o sentido real da palavra melhor: Não se refere ao sentido qualificativo.
Não se pretendeu usar o termo para afirmar ser esta a Melhor fase do ser humano no globo terrestre. Significaria, isto sim, uma formula mais condizente e aconselhável de enfrentar o envelhecimento com qualidade, cuidando-se, preservando a saúde, o aspecto físico mais saudável, praticando exercícios e atividades prazerosas através de viagens, encontros festivos, enfim, um estímulo à mente na terceira idade, tornando esta sobra da caminhada melhor do que esperava!...

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