15/10/2008
Jovens Maduros
Liane Alves
Quando se fala de envelhecer, de chegar à maturidade e continuar a aproveitar tudo a que temos direito, nossos irmãozinhos chineses têm muito a dizer. “Na China, quem está na faixa dos 50 anos, por exemplo, é considerado um ‘jovem maduro’. Para a cultura tradicional chinesa, um homem ou uma mulher nessa idade está no auge de tudo o que ele é”, afi rma Roque Enrique Severino, professor de tai chi há 35 anos e presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Oriental. De acordo com esse pensamento, o processo do envelhecimento mais radical só se implantaria bem depois dos 60, mas esse limite também pode variar. “Mesmo quando a pessoa chega aos 80 anos, e, portanto, à velhice, na China se diz que ela está na idade ideal para começar a apreciar verdadeiramente a vida”, diz Roque. Serão os chineses uns otimistas desenfreados? Uns malucos fora da realidade? Provavelmente não. A empolgação excessiva nunca foi uma característica do povo chinês. Mas, para entender essas afirmações sem considerá-las um exagero, deve-se entender o ponto de vista a partir do qual elas são feitas. Os chineses conectados com a medicina tradicional do seu país conhecem a energia vital que percorre o corpo como os marinheiros conhecem as ondas do mar. Sabem de seus altos e baixos, fluxos e refluxos, excessos e faltas, inclusive considerando os parâmetros ideais para cada fase da vida. Entendem que todo o longo processo da maturidade, que para eles leva de 30 a 40 anos, pode ser vivido com vigor e energia. E para que a vitalidade flua pelo corpo da maneira mais harmônica possível, dispõem de um arsenal de terapias, técnicas, exercícios, massagens, dietas, tratamentos e também meditações, pois mente, espírito e corpo são uma coisa só, garantem eles. Muito sábio. Com a vitalidade em alta, o amadurecer se faz lentamente, sem doenças e limites físicos restritos. Por isso, os chineses a conservam o maior tempo possível, até em idades bem avançadas. Ser um jovem maduro aos 50 anos, ou bem mais, significa que a energia vital ainda corre pelos meridianos com o vigor da juventude num organismo que começa a amadurecer e a declinar. Deixar a mente límpida e o corpo envelhecer sem que ele perca o viço, a seiva e a flexibilidade é o ideal chinês.
Veja mais em:
http://vidasimples.abril.com.br/subhomes/grandestemas/grandestemas_256685.shtml
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário